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O Paço Ducal representa um dos mais emblemáticos monumentos de Vila Viçosa. A sua edificação iniciou-se em 1501 por ordem de D. Jaime, quarto duque de Bragança, mas as obras que lhe conferiram a grandeza e características que hoje conhecemos prolongaram-se pelos séculos XVI e XVII.
Os 110 metros de comprimento da fachada de estilo maneirista, totalmente revestida a mármore da região, fazem deste magnífico palácio real um exemplar único na arquitectura civil portuguesa, onde estadiaram personalidades de grande projecção nacional e internacional.
De residência permanente da primeira família da nobreza nacional, o Paço Ducal passou, com a ascensão em 1640 da Casa de Bragança ao trono de Portugal, a ser apenas mais uma das habitações espalhadas pelo reino. Nos reinados de D. Luís e D. Carlos as visitas frequentes ao Paço Ducal são retomadas, assistindo-se, ao longo do século XIX, a obras de requalificação que visavam oferecer maior conforto à família real durante as excursões venatórias anuais.
A implantação da República em 1910 levou ao encerramento do Paço Ducal de Vila Viçosa que, por vontade expressa em testamento por D. Manuel II, reabre portas nos anos 40 do século XX, após a criação da Fundação da Casa de Bragança.
Ao longo de toda a visita ao Palácio predominam os frescos e azulejos seiscentistas, os tectos em caixotões e pintados e as lareiras em mármore que distinguem as diversas salas que acolhem importantes colecções de pintura, escultura, mobiliário, tapeçarias, cerâmica e ourivesaria.
Núcleos Museológicos do Paço Ducal
Armaria
Inaugurada em Junho de 1992, a Armaria apresenta, em dois núcleos, aspeças que constituíam as vastas colecções da dinastia de Bragança.
Numa primeira parte são mostradas as peças que atestam a relevância da caça e do tiro para a família, das quais podemos destacar as pistolas e espingarda truchada de Franz Mazenkopf, uma espingarda assinada por Bartolomeu Gomes, o protótipo de um bacamarte de seis canos rotativos Beckwith (c. 1850), o revólver disparado por D. Luís Filipe no dia do Regicídio e, por fim, as armas exóticas – africanas e asiáticas – da colecção do monarca D. Fernando.
O armamento e apetrechos utilizados nos conflitos bélicos vividos nos mares e em terra, nos torneios ou nas salas de esgrima no decorrer dos últimos quatrocentos anos são evocados no segundo núcleo desta exposição.
Tesouro
Do vasto Tesouro do Paço distingue-se a preciosa Cruz de Vila Viçosa que acolhe uma relíquia do Santo Lenho, uma peça mandada executar por ordem do Duque D. João II (futuro rei D. João IV) a Filipe Vallejo, entre 1656 e 1673.
Na exposição podem ainda ser apreciadas mais 170 peças que oferecem ao visitante uma importante perspectiva sobre a ourivesaria civil dos séculos XVIII e XIX.
Do vasto espólio apresentado podemos distinguir inestimáveis peças como a Cruz de D. Catarina de Bragança, a Caravela-Cofre e diversas alfaias de culto.
Este núcleo apresenta também extraordinários exemplares de pinturas e tapeçaria flamengas de quatrocentos, Tikis Maoris neo-zelandeses, paramentos em Ihama e bordados a ouro, bem como notáveis peças de cerâmica.
Porcelana Azul e Branca da China
Este núcleo apresenta a mais significativa colecção particular de porcelana chinesa da Península Ibérica.
Propriedade de J. G. do Amaral Cabral, esta exposição apresenta cerca de uma centena de peças de porcelana branca pintadas a azul-cobalto sob o vidrado, datadas dos séculos XVI e XVII.
A evolução das formas, a simbologia dos animais, das plantas e dos objectos tradicionais revela a evolução política, social e religiosa do Grande Império do Oriente.
Coches e carruagens
A visita ao Palácio Ducal incluía, desde a abertura ao público na década de 40 do século passado, uma passagem pela Cocheira Real, onde podiam ser vistos alguns coches, berlindas e landaus.
Em 1984, a Fundação da Casa de Bragança e o Museu Nacional dos Coches estabeleceram um acordo que permitiu instalar em Vila Viçosa um anexo daquele espaço museológico.
A colecção apresentada reúne vários coches e berlindas do século XVIII, pertença da Família Real e viaturas de gala dos séculos XIX e XX, distribuídos pela Cocheira Real e cavalariças.
Como não podia deixar de ser, este núcleo museológico exibe também distintos exemplares de carros de campo e caça, lembrando a ligação da nobreza às actividades cinegéticas e campestres.
Tapada Real
A primitiva Tapada Real deve-se igualmente a D. Jaime que, por volta do ano de 1515, protegeu com muro de taipa a Herdade do Meio, situada entre as ribeiras de Borba e da Asseca, onde predominava o montado de sobro e azinho.
Os sucessores do quarto duque de Bragança ampliaram e cercaram a propriedade transformando-a num amplo parque recreativo – o maior espaço amuralhado do país –, com seis quilómetros de comprimento e mais de três de largura. Distribuída por uma área superior a 1500 hectares, a Tapada Real ocupa terrenos que atravessam os concelhos de Vila Viçosa, Borba e Elvas (designadamente na freguesia de Terrugem).
As cinco portas de acesso a esta vasta área florestal – São Bento, Santa Bárbara, Albufeira, Santo António e de Ferro – permitem a entrada num espaço natural privilegiado.
Com uma fauna e flora riquíssimas, a Tapada Real foi, desde sempre, povoada por espécies venatórias – veados, gamos e javalis –, que fizeram as delícias dos monarcas da dinastia brigantina e de comitivas reais. “Famoso lugar de delícias”, como lhe chamou, há mais de três séculos, Lorenzo Magalotti, a Tapada Real conta ainda com três ermidas – Santo Eustáquio, São Jerónimo, Nossa Senhora de Belém – e um palacete mandado construir por D. Teodósio I, em 1540, junto à ribeira de Borba.
Na paleta de cores deste extraordinário parque natural o rei D. Carlos encontrou as tonalidades para os seus quadros e, como exímio caçador que era, ali viveu momentos únicos em longas caçadas.
As últimas visitas iniciam-se uma hora antes de cada encerramento.
Os núcleos museológicos encerram às 2ªs feiras e às 3ªs feiras de manhã, feriados nacionais.
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